Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra brasileira de milho de 2022/2023 deve ter um aumento de 12,5% em relação à safra anterior. Uma maior oferta do produto será importante para atenuar a queda da oferta mundial do grão.
Com uma oferta menor do grão no mercado internacional, os preços estão em alta e os produtores devem se beneficiar com as exportações.
O movimento de queda da oferta global ocorre devido a diminuição na produtividade de dois importantes mercados exportadores, a Ucrânia e os Estados Unidos. A Ucrânia, envolvida no conflito com a Rússia, teve toda a safra de milho prejudicada, e em razão disso a safra de milho na União Europeia será a menor desde 2008.
A continuidade da guerra na Ucrânia acabou fazendo com que as exportações brasileiras de milho aumentassem. Com o conflito chegando ao oitavo mês de duração, o mercado internacional buscou alternativas para suprir a demanda do milho e o Brasil assumiu esse protagonismo. Entre janeiro e outubro de 2022, o País exportou 113% a mais do que no mesmo período do ano anterior, com destino aos clientes já tradicionais.
Nos Estados Unidos também houve uma queda na produtividade do grão, e a estimativa de 1,20 bilhão de bushels para os estoques finais não deverá ser alcançada. As novas projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) são 1,17 bilhão e 1,18 bilhão de bushels para os estoques finais de milho.