Efeito do fenômeno La Ninã, a seca no Sul do país e o excesso de chuvas no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste vem gerando perdas na produção agropecuária e devem pressionar a inflação dos alimentos neste ano.
Municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Bahia e Tocantins, por exemplo, já declararam situação de emergência.
Os problemas climáticos se estendem desde o fim do ano passado, os principais impactos contabilizados, por enquanto, são caracterizados pelo feijão, leite, arroz, milho e soja, afetando também na formação dos custos de proteínas e de óleos vegetais.
As lavouras de soja e milho do Sul e de parte do Centro-Oeste são, até o momento, as que mais tiveram perdas. Devido à seca os agricultores vão colher 14,5% menos que o previsto em dezembro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A inflação nos alimentos começou de forma mais acentuada em 2018. Daquele ano até o fim de 2021, os preços dos alimentos ficaram 43% mais altos para os consumidores, uma taxa superior aos 24,6% da inflação geral do período, conforme dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.